quarta-feira, 24 de agosto de 2016

ROTEIRO 48 HORAS EM FLORIANÓPOLIS

É impossível resistir aos encantos de Florianópolis – ou, simplesmente, Floripa. Só as praias, lagoas, dunas e montanhas já valem a viagem. Mas além das belezas naturais, a capital catarinense reúne construções históricas e variada gastronomia. Seus moradores, os “manezinhos da ilha”, são simpáticos com seu sotaque peculiar, herança dos colonizadores açorianos.

Florianópolis...:

Não é à toa que Floripa atrai tantos turistas do Brasil e do lado de lá da fronteira. Os hermanos são presença constante no verão. Muitos até se mudaram de vez, já que Florianópolis é a capital com melhor qualidade de vida do país.

Florianópolis - Santinho:
Com 60 quilômetros de extensão, as distâncias de uma praia a outra são bem longas e compensa alugar um carro. 48 horas em Florianópolis é muito pouco para descobrir as atrações da ilha. Mas, com certeza, é um convite para uma próxima viagem.
Dia 1
Praia é o que não falta em Florianópolis: 42 esparramam-se pela ilha – e sem contar aquelas menores, escondidinhas e sem nome. Com tantas opções, é difícil escolher uma só. Tire a manhã para conhecer a Praia Mole, a mais baladeira de todas. As ondas fortes atraem os surfistas enquanto o morro à direita é usado como rampa de decolagem para o voo livre. A praia ainda tem uma vantagem a mais: na fofa faixa de areia rola um forte clima de paquera.

estrada-praia-mole-florianopolis:

Colada à Praia Mole fica Joaquina, outro famoso point de surfistas e sede de campeonatos internacionais. Se o mar não for sua praia, arrisque-se no sandboard, o surfe na areia. O desafio é deslizar pelas dunas em pé, sobre a prancha, sentindo o ventinho bater no rosto. Mas se preferir algo menos radical, encare o esquibunda, em uma prancha um pouco mais larga. Várias barracas na praia alugam as pranchas.
Praia da Joaquina  em Florianopolis, Brasil:
Pertinho dali está a Lagoa da Conceição. As águas da maior lagoa da ilha ficam coloridas com as velas de windsurfe e kitesurfe. Dá para fazer uma aulinha rápida com instrutores e aprender algumas manobras. Faça uma caminhada na Avenida das Rendeiras, que contorna a lagoa, repleta de lojas que vendem a tradicional renda de bilro. Aproveite para fazer comprinhas de peças feitas artesanalmente à mão, como toalhas e vestidos.

Lagoa da Conceicao, Florianopolis, Brazil:
A Lagoa também concentra bons restaurantes, como O Barba Negra. No almoço, não deixe de provar a famosa sequência de camarão, que se tornou praticamente uma atração turística. O visitante pode se esbaldar nesse “rodízio” que começa com casquinhas de siri e continua com camarão ao alho e óleo, ao bafo, à milanesa e filé de peixe ao molho de camarão.

Destemperados Sequência de Camarão na Casa do Chico #floripa:
E que tal curtir uma balada em plena luz do dia? A Praia de Jurerê Internacional reúne beach lounges que lhe dão um ar sofisticado de Ibiza e Punta del Este. As festas regadas a espumantes e música eletrônica são perfeitas para curtir o fim de tarde à beira-mar. O Cafe de la Musique, filial da casa paulistana, oferece cardápio internacional e espreguiçadeiras confortáveis na areia.

Ferraris em Jurerê!:
Depois do esquenta na praia, nada melhor que curtir a noite de Floripa. Os mais baladeiros podem se esbaldar na pista ao som eletrônico ali mesmo em Jurerê. O complexo Music Park abriga três grandes casas: Pacha, Posh e Terraza. Agora se a ideia é curtir um bar com a dobradinha petisco e cerveja, siga para o Centro onde está o Botequim Floripa.
Dia 2
Deixe o segundo dia para descobrir o Centro Histórico. Boa parte das antigas construções em estilo neoclássico foram restauradas. Escolha como ponto de partida a Praça 15 de Novembro, onde a cidade foi fundada. Impossível deixar de notar a gigantesca e centenária figueira, com galhos que se estendem pela praça. Os moradores garantem que contornar a árvore várias vezes atrai fortuna e casamento.

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Faça um pit stop no charmoso Café Cultura, instalado em um imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico. Tome uma xícara do saboroso café, que leva o nome da casa, acompanhado de um waffle de frutas vermelhas.

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De volta à caminhada, entre na Catedral Metropolitana, erguida em 1773, no ponto mais alto da Vila de Nossa Senhora de Desterro, como Florianópolis foi batizada. O edifício passa por um intenso restauro, mas repare nos delicados vitrais e altares que já foram recuperados.

Cathedral da Cidade de Florianopolis:
A poucos passos dali fica a Casa da Alfândega, de 1876. O prédio abriga barracas que vendem o típico artesanato local, com peças de cerâmica, barro e palha. Leve algumas lembrancinhas, como o colorido boi de mamão. O boizinho de cerâmica, herança dos colonizadores açorianos, faz parte do folclore local.

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Vale a pena conhecer o Museu Victor Meirelles, instalado na simpática casa onde viveu o pintor catarinense. O acervo reúne pinturas, aquarelas e desenhos, como a famosa tela “Degolação de São João Batista”, de 1855.

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Siga para o Mercado Público onde as barracas vendem de camarões graúdos a doces típicos. A dica para o almoço é o Box 32, famoso pelo pastel recheado com inacreditáveis 100 gramas de camarão. Prove também uma porção de ostras frescas, já que a cidade é a maior produtora do país. Tampouco seria um pecado ir embora sem degustar um bolinho de bacalhau e a tradicional cachamel, cachaça envelhecida com mel.


De lá, dê uma esticadinha até a Praia do Campeche, uma das mais próximas do centro, apesar dos 20 quilômetros de distância. É tão badalada quanto Jurerê Internacional e Mole, mas sua natureza mais rústica, com ventos fortes e mar agitado, atrai fãs de surf e kitesurfe. Sua extensa faixa de areia servia de campo de pouso para o correio aéreo francês na década de 20. Um dos seus funcionários, o escritor Antoine de Saint-Exupéry, costumava descansar na região. E uma curiosidade: os antigos moradores dizem que o nome Campeche vem do apelido que ele deu ao lugar: Campo de Pesca – ou em francês, Champ du Pêche. O certo é que sua obra mais famosa, O Pequeno Príncipe, batiza a principal avenida do balneário.

Imagem relacionada

Para se despedir de Floripa, vá até a Ponte Hercílio Luz. Construída para ligar a parte continental à ilha, a enorme estrutura de 75 metros de altura se tornou o cartão-postal da cidade. A ponte está fechada para (uma eterna) restauração, mas continua procuradíssima para fotos, principalmente ao pôr do sol. À noite, a iluminação realça ainda mais sua beleza e, de quebra, rende ótimos cliques.

Ponte Hercílio Luz: faz a ligação da ilha com o continente. Florianópolis (SC):

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