quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SISTEMA DE FORTIFICAÇÕES DA ILHA DE SANTA CATARINA - PATRIMÔNIO MATERIAL EM SC

Florianópolis possui o maior conjunto de fortalezas do Brasil. Construídos pelos portugueses no século XVIII, quando Portugal e Espanha disputavam as terras do sul do continente, os fortes serviam de proteção para impedir as invasões espanholas.

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Esse conjunto, Patrimônio Histórico Nacional, permaneceu abandonado e em ruínas ao longo de muitos anos. Atualmente, as fortalezas – gerenciadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – são os principais pontos de atração turístico-cultural da região de Florianópolis, sendo visitadas anualmente por mais de 300 mil pessoas. Conhecê-las significa desfrutar de uma verdadeira viagem no tempo.

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O tombamento do Sistema de Fortificações - integrado pelas fortalezas de Santo Antônio de Ratones, de São José da Ponta Grossa, de Anhatomirim e de Santana - foi concluído após a década de 1970, com a proteção da Fortaleza Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba e do Forte Santa Bárbara. 

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SÃO FRANCISCO DO SUL - PATRIMÔNIO MATERIAL EM SC

Cidade histórica, pacata e tranquila com 150 prédios tombados como Patrimônio Histórico e Artístico. A natureza na ilha de São Francisco é bem generosa, praias e baías exuberantes que convidam ao banho, surfe, pesca e passeios de barco.

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Fundada em 1504, foi a primeira povoação criada em Santa Catarina e a terceira do Brasil. Colonizada por açorianos ainda no século XVIII, desenvolveu-se às margens da Baía da Babitonga, um maravilhoso arquipélago formado por 14 belas ilhas. O município está localizado em Santa Catarina , o segundo estado que mais recebe estrangeiros do Brasil, com praias como a Praia do Molhe, que oferece condições ideais para a prática de esportes náuticos como o Surfe e o Bodyboard; a Praia da Saudade ou Prainha, uma das mais bonitas e mais procuradas pelos surfistas, onde acontecem os grandes campeonatos de surfe; e a Praia Grande, preferida dos pescadores e naturistas. As praias do Balneário de Paulas são de águas calmas ricas em peixe e mariscos, que constituem a base da alimentação daquela comunidade e é uma das principais fontes de renda dos moradores.

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O núcleo original da cidade - com 400 imóveis - foi tombado pelo Iphan, em 1987. Antigos casarios em estilo colonial, sambaquis, antigas igrejas, cerca de 150 casas e monumentos estão sob a proteção federal. No conjunto urbano está o centro cívico e religioso e, no seu entorno, funcionam comércio e prestação de serviços. Localizada na Baía de Babitonga (litoral de Santa Catarina), é uma das povoações mais antigas do Brasil. A cidade recebeu, ao longo da sua história, navegadores de diversas nacionalidades, principalmente franceses e espanhóis. A região, habitada pelos índios Carijó, conviveu algum tempo com a expedição do francês Binot Paulmier de Gonneville, comandante da expedição que partira da França, um ano antes, e desembarcou nas praias da Babitonga, em 1504. 

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LAGUNA - PATRIMÔNIO MATERIAL EM SC

Terra de Anita Garibaldi, Laguna foi onde nasceu a heroína brasileira e viveu durante a Revolução Farroupilha com seu amado Giuseppe. Toda essa história e acontecimentos estão bem contatos no Museu Anita Garibaldi e em sua antiga casa, no Centro Histórico.

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Mas, Laguna vai além das histórias. As belas praias também convidam os turistas para curtir o veraneio na região. Gi e de Itapirubá são as praias concorridas para banhos, enquanto que Tamborete, do Cardoso e Gravatá são ótimas para surf. A Prainha é point dos jovens e abriga o Farol de Santa Marta com uma bela vista panorâmica do litoral de Laguna. A temporada das Baleias Francas em Laguna atraem muitos observadores. Outra atração é a pesca com auxílio dos botos em Laguna.

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Tombado pelo Iphan em 1985, o centro histórico da cidade formou-se a partir do porto original onde estão cerca de 600 imóveis - foi a terceira povoação portuguesa no litoral de Santa Catarina. De seu extenso território original desmembraram-se duas capitais: Florianópolis (SC), e Porto Alegre (RS). Além de outras edificações, está protegido o Marco de Tordesilhas, relativo ao pacto assinado em 1494 entre Portugal e Espanha, que fixava uma linha divisória a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, passando ao Norte, no Pará, e ao Sul, em Laguna, dividindo assim as terras da América entre as duas coroas. Terra natal de Anita Garibaldi, Laguna testemunhou importantes momentos da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), entre 1835 e 1845. Em 1839, o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, os líderes David Canabarro e Teixeira Nunes, além dos soldados farroupilhas, conquistam a Vila de Laguna, declarando a República Catarinense, sob o comando de Jerônimo de Castilho. 

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terça-feira, 5 de setembro de 2017

ITAIÓPOLIS - PATRIMÔNIO MATERIAL EM SC

Rico mosaico de etnias, esse município de 20 mil habitantes está situado a 920 m de altitude no Planalto Norte . Descendentes de poloneses, ucranianos, alemães, italianos, caboclos e indígenas conservam suas tradições e um estilo de vida tranquilo. Mais da metade da população vive na zona rural. Seus campos de araucárias e paisagens rurais, não raras vezes envoltos em neblina durante a manhã, são um belo espetáculo.

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Itaiópolis tem apostado na sua vocação para o turismo religioso, histórico-cultural e ecológico. Itaiópolis é conhecida como "Pequena Varsóvia". Na Igreja de Santo Estanislau, a maior construída por imigrantes na América Latina, ainda são celebradas missas no idioma dos imigrantes. A igreja está localizada em uma vila com casas típicas polonesas. Uma procissão que se realiza todos os anos no segundo domingo da Quaresma reúne 10 mil fiéis. A mais antiga igreja de rito ucraniano católico no Brasil está em Itaiópolis. Ela foi construída em 1895 por imigrantes da Ucrânia.

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Antiga rota de tropeiros que faziam a ligação comercial entre o Sudeste e o Sul em lombo de mulas, o município é hoje uma opção para os apreciadores de trekking e bóia-cross. Itaiópolis está a 330 km de distância de Florianópolis e 135 km de Curitiba.


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Itaiópolis, é um dos municípios que integram o Projeto Roteiros Nacionais de Imigração, desenvolvido pelo Iphan, e recebeu a chancela de Paisagem Cultural Brasileira. Este instrumento de preservação do patrimônio cultural, diferente do tombamento, foi instituído em 2009 para proteger uma porção peculiar do território nacional, representativa do processo de interação do homem com o meio natural, à qual a vida e a ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores.


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Como em outros municípios catarinenses, foi beneficiado o patrimônio cultural formado por propriedades rurais, casas, ranchos, hortas, pomares, jardins, dialetos, culinária, festividades e tradições agrícolas dos imigrantes, que vieram para o Brasil a partir do Século XIX. O núcleo urbano de Alto Paraguaçu, distrito desse município, possui uma parcela significativa do patrimônio dos imigrantes da área rural dos municípios de Santa Catarina. 

sábado, 2 de setembro de 2017

MUITA CULTURA E HISTÓRIA

Museus, teatros e registros históricos fazem parte das experiências nada óbvias que Santa Catarina oferece


Os barcos que geralmente aparecem no horizonte nas fotos dos turistas que vistam Santa Catarina também podem ser vistos, sob um novo olhar, no Museu Nacional do Mar, um dos mais importantes do País. Visitar o museu é se sentir no mar sem ir à praia. As 18 salas do prédio estão repletas de embarcações e histórias: miniaturas de caravelas, saveiros, baleeiros reais e uma sala dedicada a Amyr Klink e a embarcação que utilizou para atravessar o Atlântico sozinho durante 100 dias. O fato é que as belezas naturais do Estado e sua vocação para o turismo guardam também muitas surpresas. Museus como o do Mar, o patrimônio arquitetônico criado pelos colonos alemães e italianos, as igrejas centenárias, os sítios arqueológicos, as reservas indígenas (das etnias Kaingang, Guarani e Xokleng); e monumentos sobre a história do Brasil que estão espalhados pelo Estado trazem a mesma beleza que encanta os turistas em busca da natureza, ainda que sem a mesma fama. 


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Santa Catarina foi colonizada por povos de diferentes etnias. Passou por invasões, revoltas e revoluções separatistas ao longo de sua história. Enquanto o litoral guarda vestígios de um passado remoto, o interior do Estado está repleto de caminhos e resquícios do desbravamento e da colonização do Brasil. A Coxilha Rica, em Lages, é prova disso. Em uma área rural com mais de 100 quilômetros de extensão com potencial para o turismo de aventura e o histórico estão os longos muros de taipa erguidos no século XVIII e estradas por onde passavam os tropeiros e que recentemente foram descobertas para trilhas de off-roads e turismo rural, com fazendas abertas à visitação, estalagem e alimentação.

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Depois da chegada dos portugueses, Santa Catarina recebeu ao longo dos séculos levas de imigrantes alemães, italianos e, em menor número, açorianos, poloneses, ucranianos, holandeses, austríacos e japoneses. Ao todo, 22 conjuntos arquitetônicos tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além das edificações tombadas pelo Estado e pelos municípios, preservam importantes acervos históricos de cada região.

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A arquitetura típica e os monumentos espalhados pelo Estado remetem à cultura de seus colonizadores. O casario típico açoriano é encontrado em quase todos os municípios do litoral. Outros municípios como Urussanga, Orleans (com destaque para a Casa Barzan, monumento da colonização italiana) e Nova Veneza (que tem até uma gôndola italiana) são repletos de prédios de influência italiana, construídos com tábuas largas, lambrequins e varandões. Os prédios com arquitetura alemã aparecem em cidades como São Pedro de Alcântara (primeira colônia germânica catarinense), Blumenau, Joinville e, principalmente, Pomerode, com mais de 300 construções desse estilo incluídas no circuito turístico Rota do Enxaimel

Igrejas Centenárias

Parte da riqueza arquitetônica catarinense, as igrejas de diferentes épocas e estilos seguem a trajetória da colonização do Estado, revelando as influências dos imigrantes europeus. Pelas mãos dos portugueses, em Governador Celso Ramos, foi construída a primeira igreja do Estado, de 1745, e em Penha, a Capela São João Batista, erguida em 1759 – com uma das mais belas vistas da baía da Armação do Itapocorói. Em Blumenau, a Igreja Luterana do Espírito Santo foi feita ao gosto neogótico dos alemães e, em Papanduva, a colônia ucraniana influenciou a construção da Igreja Ucraniana Santo Antônio de Pádua, com características bizantinas.


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Além da arquitetura, hábitos europeus também ficaram pelas regiões do Estado. Desde 1851, ao abrirem espaço na Mata Atlântica para a construção de suas casas e povoados, os novos moradores se deparavam com espécies de orquídeas até então desconhecidas. Encantados pela beleza das flores nativas, os moradores passaram a recolher as plantas e a comparar as variedades. Surgia assim um dos principais eventos do Estado, a Festa da Flores de Joinville.

Estado é o quarto maior produtor

Para os antigos gregos, as orquídeas eram sinal de virilidade e fertilidade; os ingleses viam a flor como símbolo da riqueza, exclusividade, bom gosto e refinamento. No Japão feudal, uma orquídea rara e exótica, conhecida como a orquídea do samurai, representava bravura e coragem. Em Santa Catarina, uma orquídea (a Laelia purpurata), que pode ser encontrada frequentemente em todo o litoral, é a flor símbolo do Estado por motivos históricos. Descoberta em 1847 por François Devos na costa da então Província Imperial de Santa Catarina, atualmente o município de Florianópolis, foi levada para a Europa e floriu pela primeira vez fora de seu habitat natural e de seu país em uma estufa na Inglaterra no ano de 1852. No mesmo ano foi exibida à Royal Horticulture Society em Londres, proporcionando desta maneira o seu estudo, sua descrição e classificação.

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Mais de 130 anos depois de sua descoberta, em 21 de julho de 1983, foi escolhida como um dos símbolos de Santa Catarina com a promulgação da Lei Estadual nº 6.255, pelo então governador Esperidião Amim. Fora os eventos que escolheram a flor como símbolo do Estado, Santa Catarina tem tendência à floricultura. É o quarto maior produtor de flores do Brasil, mercado que tem crescido e movimentado cifras na casa dos bilhões de reais, e tem diversas atrações para quem gosta de floricultura.

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Joinville é um dos principais polos produtores do Estado e há 77 anos celebra a Festa das Flores. A preferência catarinense pela orquídea também encontra respaldo na festa, onde elas são protagonistas. Neste ano, mais de 4,5 mil exemplares da planta farão parte da festa que acontece entre os dias 17 e 22 de novembro, no Expoville. Apesar da grande quantidade de parques no Estado, só em 2015 Santa Catarina ganhou oficialmente um Jardim Botânico reconhecido pelo Sistema Nacional de Jardins Botânicos (SNJB) e pelo Ministério do Meio Ambiente.

Onde apreciar plantas pelo estado:

O prédio onde funciona o herbário é um dos pontos turísticos de Itajaí. Idealizado pelo padre e ex-diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Raulino Reitz, a instituição tem 42 mil plantas da flora catarinense e outras 11 mil de Estados vizinhos. 

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Brusque ficou famosa pela festa do Marreco, mas também tem relevância botânica. No Parque Zoobotânico, com 120.000 m2 em meio à Mata Atlântica, estão expostas cerca de 300 espécies de plantas exóticas e algumas em perigo de extinção. 

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Um dos cinco relógios de flores do Brasil também está em Santa Catarina. Inaugurado há 15 anos para celebrar o aniversário de 150 anos de Blumenau, o relógio tem engrenagem elétrica e espécies de flores trocadas regularmente. 

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